terça-feira, 30 de setembro de 2008

Fotos Luther College Jazz Orchestra





Essas são fotos da Luther College Jazz Orchestra

A historia do jazz

A história do jazz

Músicos, historiadores, críticos e apreciadores americanos orgulham-se do jazz, que nasceu na multicultural Nova Orleans. Muitos o consideram a maior e mais original contribuição americana ao mundo.

buddy bolden band
Coleção de Frank Driggs/Getty Images
Os Buddy Bolden Band,
New Orleans, aproximadamente em 1900

Os historiadores rastreiam as origens do jazz em um diferente número de culturas e influências sociais que convergeram na Nova Orleans do século 19. O fator mais importante foi a importação de homens e mulheres da África e das Índias Ocidentais, trazidos como escravos para a América Colonial, junto com os refugiados que escaparam da ilha de Hispaniola fugindo da matança da Revolução Haitiana.

Escravização, colonialismo e exploração dos povos africanos tiveram papéis significativos no desenvolvimento da música afro-americana. No início do ano de 1800, os escravos se reuniram na Praça do Congo, em Nova Orleans, para tocar suas músicas e mostrar suas danças tradicionais. Os registros da época mostravam que os escravos usavam instrumentos de corda improvisados e tocavam tambores de maneira polirrítmica (ritmos sincopatizados múltiplos tocados simultaneamente).

Dois tipos de músicas afro-americanas foram importantes para o desenvolvimento do jazz: spirituals e músicas de trabalho. Spirituals eram músicas folclóricas religiosas que os escravos cantavam para expressarem seus desejos de liberdade e sua fé. Diferente da música, principalmente com base no ritmo das danças na Praça Congo, os spirituals eram vocais marcados por harmonias variadas e letras improvisadas.

Músicas de trabalho combinam o ritmo do trabalho com a cantoria e estão tradicionalmente ligadas às culturas da África Ocidental. Essas músicas eram usadas para sincronizar um grupo enquanto trabalhavam juntos, com um líder falando e o grupo respondendo. Muitos historiadores atribuem o padrão chamada e resposta no jazz a essa forma inicial de música afro-americana.

Os primeiros músicos de jazz nasceram na escravidão - permaneceu uma memória viva das pessoas que viveram antes da Proclamação da Emancipação dos escravos. E apesar dos elos oficiais da escravidão terem passado, os afro-americanos ainda são tratados injustamente por indivíduos e legislações locais.

Também entre os africanos e as pessoas do caribe estavam os europeus. Escoceses, ingleses, irlandeses, franceses, espanhóis e italianos deram contribuições distintas ao ponto de encontro de todas as culturas que é Nova Orleans. Com o passar do tempo, essas culturas começaram a emprestar e adotar umas das outras as tradições e a música. Os antropologistas chamam essa polinização cruzada de sincretismo. Para simplificar, onde a música africana tinha uma base mais ritmica, a música européia tinha uma concentração maior na melodia e harmonia. Uma aproveitou partes da outra. A música africana foi europeizada e vice-versa. Essa relação de troca persistiu durante o século XX e continua até hoje enquanto o jazz é tocado pelo mundo todo.

Buddy Bolden (considerado o primeiro músico de jazz) nasceu em 1877 e as primeiras bandas de jazz surgiram por volta de 1885. De acordo com o All Music Guide, Bolden formou sua primeira banda em 1895. Muitas das informações que possuímos hoje são provenientes de entrevistas de quando a loucura do jazz já estava instalada. 

Um novo estilo de tocar piano, desenvolvido perto do fim do século 19, começou a deixar seu marco no jazz também. Um tocador de piano mantinha a batida com sua mão esquerda enquanto tocava uma melodia sincopatizada com a direita.

No início, o jazz e a dança estavam inextricavelmente ligados entre si. Músicos brancos estavam loucos para aprender a nova música e começavam a procurar músicos negros, então o jazz começou a explodir.


Fonte:http://lazer.hsw.uol.com.br/jazz2.htm



Maiores nomes do jazz


Maiores nomes do jazz

duke ellington
Arquivo de Michael Ochs/Getty Images
Duke Ellington
Edward "Duke" Ellington (1899-1974) nasceu em Washington, D.C., filho de um mordomo da Casa Branca. Começou sua carreira como tocador de piano aos 7 anos de idade e como compositor na adolescência. Aos 17 anos, ele abandonou a escola para ser músico. Ele formou uma banda, o quinteto The Washingtonians, em 1923, e se mudou para Nova York. The Duke, como seus amigos o chamavam devido ao seu gosto refinado pela moda, foi descoberto em 1927 quando os Washingtonians passaram a se apresentar do lendário Cotton Club. Ellington deixou o Cotton Club em 1931 para uma turnê e não parou mais. Ele participou de filmes e shows da Broadway e deixou para trás uma grande quantidade de trabalhos em vários estilos de jazz - clássico, orquestrado, big band e swing. Morreu em 1974.

Louis Armstrong (1901-1971) nasceu em Nova Orleans e desistiu da escola para ser músico. Geralmente chamado de "Embaixador do Jazz", Armstrong foi indiscutivelmente o artista de jazz mais influente de todos os tempos. Ele se tornou popular no auge da Era do Jazz, aparecendo como o primeiro solista importante a se destacar dos movimentos concentrados no coletivo do jazz de Chicago e Nova Orleans. Em 1917, ele participou da primeira gravação de jazz realizada para uma grande platéia. Armstrong aprendeu a tocar a corneta sozinho quando criança e depois mudou para o trompete. Ele teve um papel ativo em vários movimentos do jazz e brilhou como um inovador em toda a sua carreira. Mais tarde, Armstrong encontrou fama como vocalista e pop star e apareceu em vários filmes.

Charlie "Bird" Parker (1920-1955) muitos acreditam que foi o maior saxofonista de todos os tempos. Nascido em Kansas City, Parker abandonou a escola com 14 anos para iniciar o que seria uma das mais importantes carreiras do mundo do jazz. No fim de sua adolescência, "Bird", que tocava saxofone alto, estava em seu caminho para se tornar uma figura fundamental no jazz. Um dos fundadores do bebop, ele teve grande influência nos anos 50. Ele se tornou a medida pela qual os músicos de jazz eram julgados e um ponto de referência para todos os solistas. Mas o legado de Parker foi marcado pelo vício e pela tragédia -morreu com 34 anos de overdose de heroína.

John Coltrane (1926-1967) nasceu em Hamlet, Carolina do Norte., filho de um músico amador e multi-instrumentalista. Ele tocou primeiro a trompa e clarineta e eventualmente trocava para o saxofone alto. Mais tarde, ele mudou para o sax tenor - algumas pessoas acreditavam que ele era diferente de Charlie Parker. Ao ser dispensado da Marinha em 1946, Coltrane participou de gravações e apresentações de outros artistas. Miles Davis o contratou para tocar na sua banda em 1955, mas a relação de trabalho era conturbada devido ao problema de Coltrane com a heroína. Sua carreira solo começou oficialmente em 1960, quando ele estava com 33 anos. Ele apareceu como um dos músicos mais importantes da história do jazz mas teve uma carreira curta. Como Charlie Parker, Coltrane morreu (com 40 anos de idade) após anos de abusos e vícios.

Miles Davis (1926-1991) nasceu em Alton, Illinois. Com 12 anos, ele começou a receber as primeiras lições de trompete e lia partituras aos 16. Davis encontrou sua primeira oportunidade na big band de Bill Eckstein que tinha os fundadores do bop Charlie Parker e Dizzy Gillespie. Após se mudar para Nova York, para estudar na Juilliard (chamado então de Instituto de Arte e Música), Davis começou a tocar com Parker nos clubes de Manhattan. Em 1949, ele surgiu com sua própria banda composta por nove pessoas, que tocavam um tipo de jazz novo, relaxado, "cool". O lançamento de "The Birth of Cool" em 1957 levou ao nascimento do cool jazz (ou jazz da Costa Oeste). Davis era produtivo na sua experimentação e inovação e figurou proeminentemente em quase todos os movimentos do jazz. Morreu em 1991.


Fonte:

http://lazer.hsw.uol.com.br/jazz2.htm



A historia do blues


O Blues nasceu como a voz dos escravos dos campos de algodão do sul dos Estados Unidos. Eles cantavam durante os trabalhos nas plantações para aliviar a dureza do trabalho.

Enquanto os negros soltavam suas emoções, os brancos viam o lado prático da coisa. Para os fazendeiros, as work-songs (canções de trabalho) ajudavam a imprimir um ritmo ao trabalho no campo e deixavam os escravos mais alegres. A partir da década de 1860, os spirituals - canções religiosas entoadas pelos negros africanos desde sua chegada à América - sofreram uma mutação fundamental. Além de apelar para Deus, os escravos começaram a curar suas dores de amor através da música. 

O Blues é, também, o lamento do andarilho das estradas, o mesmo que chegou até as cidades, adotou o microfone e a guitarra elétrica. 

Criado no século passado, ele tomou sua forma final somente a partir de 1900. As primeiras gravações datam dos anos 10. Mas o Blues esperaria um pouco mais para florescer graças ao talento de Big Bill Broonzy, Bessie Smith, Muddy Waters, Otis Spann, Bo Diddley, B.B. King, Lowell Fulson, John Lee Hooker, Howlin, Wolf, Sonny Boy Williamson, Memphis Slim e Buddy Guy. 

No formato musical, o estilo  marcou uma ruptura. 

Big Bill Broonzy 

Fugindo da complexidade do Jazz e da rigidez dos eruditos, o Blues nasceu como uma música crua. 

Com uma base harmônica quase simplória, o estilo disseminou-se rapidamente pelo sul dos Estados Unidos. Tocar e cantar o Blues era, teoricamente, simples. Mas o que transformava um mero curioso num verdadeiro bluesman era o sentimento que ele colocava em sua interpretação. 

No final do século XIX, a alta taxa de natalidade provocada pela emancipação dos escravos proporcionou outros tipos de trabalho aos negros. Muitos deixaram o campo e partiram para a periferia das grandes cidades do sul, como Chicago, Memphis e a região do Delta do rio Mississipi, nos estados de Arkansas, Tennessee, Alabama, Luisiana e Mississipi, para trabalhar nas primeiras metalúrgicas e refinarias do país ou em canteiros de obras. 

Mas a maior parte deles foi parar nos entrepostos de algodão e tecidos. Esse movimento em direção às cidades do sul atingiu seu pico entre a virada do século XX e o final da primeira Guerra Mundial (1914-1918). 

A formação de guetos foi inevitável. Neles, os negros ralavam, sofriam e também se divertiam. 
Quando conseguiam descolar instrumentos musicais, os negros tocavam o banjor, um ancestral do banjo de origem africana, e o fiddle, espécie de violino trazido para os Estados Unidos pelos irlandeses. O violão apareceria logo depois, graças à influência espanhola vinda do México. 

Os primeiros bluesmen profissionais formam uma categoria à parte. Incapacitados para o trabalho manual, cegos e deficientes encontravam na música seu meio de vida. Blind Lemon Jefferson, Blind Willie McTell e outros tantos Blinds (cegos) começaram assim. Também nascia a tradição do músico itinerante de vida na estrada. 

O primeiro Blues a virar disco foi gravado em Nova Iorque pela cantora Mamie Smith, em 1920. 

"Crazy Blues" superou todas as expectativas, vendendo 75 mil cópias por semana. 

Com o sucesso, Mamie voltou ao estúdio três vezes em três semanas e virou febre. 

A partir de 1921, todas as grandes gravadoras americanas passaram a ter suas "race series" (séries da raça), subdivisões que lançavam discos de músicos negros para o consumo da população dos guetos urbanos do sul. 

A primeira onda de sucesso de vendas de discos foi capitaneada por cantoras como Bessie Smith, Geertrude Ma Rainey e Alberta Hunter. 

Até a segunda Guerra Mundial (1939-1945), o mais importante celeiro do Blues era a região do Delta do Mississipi. Ali surgiram bluesmen fundamentals como Charlie Patton, Tommy Johnson, Son House, Skip James, Big Joe Williams e o lendário Robert Johnson. 

Para alguns historiadores, o que fazia o Blues do Delta ser único era a forte influência africana, com um ritmo sincopado, mascado pelos pés, o uso do falsete nos vocais, repetições de um mesmo acorde e o uso de um truque que viraria uma marca registrada do gênero: o slide. 

Deslizando o gargalo de uma garrafa ou um pedaço de osso - mais tarde, tubos de metal também seriam usados - sobre as cordas do violão, o músico conseguia um efeito inédito no instrumento. 

Com o início da Segunda Guerra Mundial, o panorama social começou a mudar nos estados do Sul. Graças à entrada de negros nos quadros militares, surge uma promessa de integração racial. Pura ilusão. Encontrando o mesmo cenário na volta para casa, os negros passaram a se isolar cada vez mais em bairros próprios e nasce uma consciência racial que desembocaria nos movimentos pelos direitos civis dos anos 60. 

No mundo da música, o esquecido Blues regional cede espaço para um som nitidamente urbano, marcado pela presença de um novo ingrediente: a guitarra elétrica. 

Novas gravadoras abrem suas portas e outros bluesman passam a dominar a cena. Em Memphis, agora a capital da região do Delta do Mississipi, garotos como B. B. King, Elmore James, Sonny Boy Williamson e Howlin' Wolf dão seus primeiros passos. Em Chicago, surge outra leva de gênios. 

B.B.King Lá nasceu a parceria de Muddy Waters e Willie Dixon, que rendeu frutos como os clássicos "Hoochie Coochie Man", "Mannish Boy" e "Rollin' and Tumblin'". A cidade Aina viu surgir Little Walter, Otis Rush, Magic Sam e Buddy Guy. 

Enquanto isso, o solitário John Lee Hooker levanta sua voz em Detroit. Cada um à sua maneira, todos deixaram sua marca na história do blues. 

Mas os Estados Unidos estavam mudando. Nos anos 50, o rock'n'roll explode, uma célebre frase resume bem essa situação: "O Blues teve um bebê e ele ganhou o nome de rock'n'roll. 

A partir desta fase, o estilo criado pelos escravos do sul dos Estados Unidos começou a ser um ingrediente obrigatório na receita de inúmeros cantores e bandas de Rock. De Elvys Presley a Janis Joplin. De Roling Stones, Led Zeppellin a Deep Purple, passando por The Doors, Creedence Clearwater Revival e The Who, todo mundo sofreu alguma influência do blues, culminando com Jimi Hendrix e Eric Clapton, estes em diversas formações de banda ou em carreira solo.